quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Cresce Busca por Cosméticos Naturais

O setor de orgânicos, pouco a pouco, começa a ganhar o interesse dos brasileiros. Se nos alimentos a procura por esses itens naturais já registra um crescimento considerável – 25% em relação a 2013 – e a categoria possui uma regulamentação em vigor, no setor de cosméticos os avanços ainda não chegaram a esse grau de maturidade. Além de concorrerem com grandes marcas tradicionais do ramo, os produtos de beleza orgânicos não possuem uma legislação específica nem registro na Anvisa. Ainda assim, vem aumentando o numero de empresas dispostas a atuar de forma a causar menos impacto no meio ambiente e a recorrer ao termo NATURAL.

Esse crescimento é reflexo de uma cultura que surge a partir da mudança do comportamento do consumidor. Cada vez mais informado, ele passa a cobrar das empresas atitudes que sejam compatíveis com o meio ambiente e que tragam benefícios mais reais durante o uso. A preocupação com a sustentabilidade precisa estar presente não apenas na confecção da embalagem, mas em todo o processo de produção, incluindo o tipo de colheita da matéria-prima que será usada. Segundo estudo da Organic Monitor, o setor de cosméticos orgânicos movimenta cerca de US$ 9 bilhões em todo o mundo, representando 2% do mercado total.


Se na alimentação são, muitas vezes, as intolerâncias que levam as pessoas a procurarem por itens com apelo de saudabilidade, na beleza são algumas alergias ou descobertas de malefícios de compostos químicos que fazem com que a pessoa busque experimentar um produto diferenciado. De acordo com o Instituto de Marketing Natural, o grupo consumidor de orgânicos e naturais é formado por pessoas com faixa etária mais avançada e com níveis cultural, financeiro e educacional mais elevados, cientes do impacto do uso deles.
Por outro lado, o interesse em conhecer uma nova marca, que apresente uma proposta de engajamento, existe entre consumidores ocasionais também, que em algum momento estão dispostos a pagar mais caro por curiosidade. 

Os empresários desse ramo, muitas vezes, são ligados a causas sociais e ambientais. Por isso, a maioria não realiza testes em animais – ação que ainda é recorrente nas marcas tradicionais de beleza. A preocupação com o descarte correto de resíduos também é uma constante, que cada vez mais começa a ser considerada no momento em que se adquire um batom, sabonete, esfoliante ou desodorante. Esses são itens utilizados com frequência e que geram uma quantidade considerável de lixo.


Fonte: Mundo do Marketing

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